"Entrega total dos medos"
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Entrega total dos medos
O medo é um dos sentimentos mais primitivos do ser humano. Desde a criação, após conhecer o pecado, o homem conheceu também o medo. veja o que Adão respondeu para Deus em Gênesis 3:10:
10 E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me.
O medo é um sentimento que muitas vezes nós precisamos aprender a conviver com ele. Pode ser bom quando é apenas uma defesa nos preparando para os desafios que enfrentamos ou nos induzindo a evitar situações nos coloquem em risco. Mas não é bom quando se torna um transtorno. Há uma série de doenças psicológicas oriundas do medo, ou seja, que começaram com um simples medo que não foi vencido.
Mas como saber qual medo eu sinto? Vejamos duas definições:
1. Estado emocional resultante da consciência de perigo ou de ameaça, real, hipotética ou
imaginária. = FOBIA, PAVOR, TERROR
2. Ausência de coragem (ex.: medo de atravessar a ponte ou medo de dirigir). = RECEIO, TEMOR ≠DESTEMOR, INTREPIDEZ
Todas as pessoas já sentiram, pelo menos uma vez na vida, o medo que definimos primeiramente. É esse o medo saudável. Um medo passageiro. Algo que “dá e passa”. Esse medo não requer cuidados, pois nós o percebemos no momento em que nós nos damos conta que somos limitados. Que não somos completos em fé e em capacidade. E isso ocorre a todo instante, pois não somos realmente completos.
Mas o que tem ocorrido é que muitas pessoas têm sofrido por causa do medo definido como falta de coragem. Ou seja, os medos não estão sendo vencidos e isso causa sofrimento. Causa cegueira, causa desespero, ansiedade e a surge a dúvida.
Vamos ler os textos:
Lucas 8:22-25
22 E aconteceu que, num daqueles dias, entrou num barco com seus discípulos, e disse- lhes: Passemos para o outro lado do lago. E partiram.
23 E, navegando eles, adormeceu; e sobreveio uma tempestade de vento no lago, e enchiam-se de água, estando em perigo.
24 E, chegando-se a ele, o despertaram, dizendo: Mestre, Mestre, perecemos. E ele, levantando-se, repreendeu o vento e a fúria da água; e cessaram, e fez-se bonança. 25 E disse-lhes: Onde está a vossa fé?
23 E, navegando eles, adormeceu; e sobreveio uma tempestade de vento no lago, e enchiam-se de água, estando em perigo.
24 E, chegando-se a ele, o despertaram, dizendo: Mestre, Mestre, perecemos. E ele, levantando-se, repreendeu o vento e a fúria da água; e cessaram, e fez-se bonança. 25 E disse-lhes: Onde está a vossa fé?
É interessante como Deus é zeloso e cuidadoso! Será covardia para quem está num lago, num rio ou em alto mar, num barco (ou num tablado pescando), em meio a uma tempestade de vento ou com raios, se enchendo de água, como diz no texto, à beira da deriva, sentir medo? Será covarde o que se amedrontar? Obviamente os discípulos não eram medrosos. Apenas sentiram que corriam perigo e ainda assim Jesus pergunta a eles: onde está a vossa fé?
Jesus não se preocupou em explicar nada aos discípulos após repreender a tempestade quando navegavam naquele barco. Apenas uma pergunta intrigante Jesus deixou para eles. Ele já tinha um plano. Jesus mostraria para eles onde a fé deles deveria estar. Observe como Deus nos ensina a respeito de Si:
Vejamos o outro texto:
Mateus 14:25-29
25 Mas, à quarta vigília da noite, dirigiu-se Jesus para eles, andando por cima do mar.
26 E os discípulos, vendo-o andando sobre o mar, assustaram-se, dizendo: É um fantasma. E gritaram com medo.
27 Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu, não temais.
28 E respondeu-lhe Pedro, e disse: Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas.
29 E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus.
26 E os discípulos, vendo-o andando sobre o mar, assustaram-se, dizendo: É um fantasma. E gritaram com medo.
27 Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu, não temais.
28 E respondeu-lhe Pedro, e disse: Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas.
29 E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus.
Na viagem de barco, durante a tempestade, os discípulos estavam seguros no seu barco até que a tempestade começou extrapolar a segurança dada por ele. Eles estavam com Jesus dentro do barco, mas a fé deles não estava em Jesus. Por isso Jesus perguntou onde estava a fé deles.
Aposto que muitas pessoas aqui já pensaram: “— PÔ, se eu estivesse ali no barco sabendo que Jesus estava ali também, eu não temeria”. Temeria sim irmão! É exatamente o que acontece quando crente fica enfermo. É exatamente o que acontece quando o crente vai à falência. Ele quase morre de medo. Ele quase entra em pânico– Eu me refiro ao crente porque o crente está no mesmo barco que Jesus.
Nós devemos saber que não é o barco que nos protege da água e das tempestades. Não é nosso emprego ou nossa estabilidade financeira que nos livra da necessidade. Não é a minha arma que faz a minha segurança. Não é a minha casa que me protege do frio. Não foi o tapinha do médico que me fez chorar e respirar o primeiro ar quando eu nasci. Foi a provisão de Deus. Jesus é o nosso fôlego de vida. É Jesus que nos mantêm vivos. Deus é a nossa fortaleza e a nossa proteção. Se não for assim, nós perecemos.
O que precisamos é compreender que sentiremos medo, mas não podemos aceitar ser vencido por esse medo. Devemos saber que enfrentaremos tempestades, mas também que Deus é fiel e justo para nos guardar. Seja cessando a tempestade ou seja nos fazendo andar sobre as águas. As tempestades vêm. E quando elas vêm, o medo também vem. Observe o que aconteceu com Pedro nos versículos 30 e 31:
30 Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me!
31 E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o, e disse-lhe: Homem de pouca fé, por queduvidaste?
31 E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o, e disse-lhe: Homem de pouca fé, por queduvidaste?
Quando Pedro percebe a tempestade e o vento o abala, ele perde o foco de sua fé e começa a afundar. Ele sentiu a falta do seu esteio que era o seu barco e então sua fé vacilou. Enquanto ele não sentia o vento forte, ele caminhava sobre as águas, mas quando percebeu a adversidade em que se encontrava, amedrontou-se e o medo o fez duvidar. Perdeu a coragem.
Quando houver o medo, olhe para Jesus. Olhe para quem te sustenta e te salva. Entregue a Ele totalmente seus medos.
Existem medos que vêm e vão e medos que perduram e se tornam doenças. Precisamos trabalhar nosso coração para que, quando vierem as adversidades da vida, quando vierem as tempestades, tenhamos a confiança que Jesus está em nosso barco. E ainda que venha o medo, ele não tome conta da nossa alma. Que nós saibamos que se Jesus ainda não parou as tempestades e o nosso barco fatalmente vai naufragar é porque Jesus quer andar conosco sobre as águas em meio ao caos.






